quarta-feira, 31 de maio de 2006

Sozinha

Sou sozinha.
Desde que nasci.
Penso que vou morrer assim.
Questiono meus amigos
E as pessoas que algum dia
falaram que não viveriam sem minha presença.
É como se tudo fosse de bola de sabão.
E você precisasse insistir
Na idéia de que o amor existe
Como se ela fosse aquele sapo chato
que a gente joga pra fora
E ele volta, amodrontando
Como um monstro selvagem
Com aquela pele rugosa
Feia e fria.

Meus amores se foram
Talvez por descobrirem
Que além da capinha de gente fina
Eu seja como um monstro,
cheio de surpresas feias
imprevistas.
Um a um...
A falha está em mim
Já sei.
O difícil é detectar porque o que parecia tão verdadeiro
Acaba destruído
Às vezes drasticamente
Outras, de forma lenta.
E a gente ainda
precisa crer na idéia de que o amor existe
Como se ela fosse aquele sapo chato
que a gente joga pra fora
E ele volta, amodrontando
Como um monstro selvagem
Com aquela pele rugosa
Feia e fria.
Tá. Um dia chega alguém que de verdade te aceite como vc é.
E talvez até tenha graça (toda vez tem!)
Apesar de você.
E você segue seu caminho só.
Como foi desde que nasceu.
Pensando que vai morrer assim.

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