segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Lost


Neste fim de semana fomos ao cinema da casa de um tal chamado “Tostines” (que ainda não sabemos se é fresquinho porque vende mais ou se vende mais porque é fresquinho). Rs. Com o seu novo superpotente microondas fizemos pipocas de todas as cores, tipos e sabores.

Ou seja: cinema perfeito. Ainda por cima, contamos com a presença da própria Bú – personagem do filme Monstros S.A. Sem contar com a dona da casa: uma mulher de lindos cabelos longos e escuros.

O resultado foi um fim de semana do jeito que gosto: muito filme, amigos, pipoca, pizza, conforto e refrigerante.


Fechamos finalmente toda a segunda temporada de Lost, a famosa saga de pessoas que foram acidentadas pela queda de um avião numa ilha tropical do Pacífico e que conseguiram sobreviver (embora muitos tenham morrido no próprio acidente e têm morrido de várias formas durante cada episódio).


Começamos a assistir Lost numa praia maravilhosa daqui da Bahia. Nossa casa ficava à beira da praia e, no início, era como se nós também fôssemos parte daquele grupo de sobreviventes no meio do mato, numa ilha desconhecida.


Particularmente não me faz muito bem ver os episódios de Lost.


Confesso que durmo pensando em cada perigo vivido pelo grupo, suas dificuldades na busca de sobreviver e, muito especialmente, sua luta contra forças as quais eles mesmos não conhecem. Nem os expectadores conhecem. Ou seja: guerreiam contra o desconhecido.

Sempre que assisto algum episódio daquele fico sem sono.


Claro que sei que aquilo é apenas uma produção cinematográfica e que maquiagem, som, iluminação, estúdio, tudo é feito de um jeito que cative o público e o impressione devidamente.


O que me fez intrigada esta noite em que acordei às quatro da manhã sem sono foi ter detectado que há pelo menos dois pontos em comum entre todos os personagens da série:


1. Volta e meia eles se encontram nas retrospectivas que são mostradas sobre suas vida antes do acidente. No trânsito, no aeroporto, em alguma clínica de tratamento psiquiátrico. Eles estão sempre se entrelaçando. Se o contato não é diretamente, acaba sendo feito através dos pais, esposos e/ou outros.


2. Eles, definitivamente, não são pessoas com boa sorte. A maioria, antes mesmo do acidente, vivia mal. Ou fugindo, ou brigando com os pais, ou matando outras pessoas. Eles não eram felizes nem estão sendo felizes na ilha. Sem contar com o terror dos “Outros”.


Talvez por isso a produção esteja fazendo tanto sucesso: no fundo a gente parece que gosta de ver “sangue”.


De alguma forma produz nos expectadores a sensação de que sua vida está bem pois por piores que forem as dificuldades da vida real estão longe de chegarem à complexidade da saga. (Será?).

Ressalvadas as devidas proporções, estamos ou não vivendo dias de incompreensão, de extrema violência e de necessidade de desvendar os mistérios da vida?

Conclusão: todos estamos na mesma “ilha”.


Fonte-foto

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1 Comentários:

Blogger Gisane Monteiro disse...

Que legal!!!
Queria estar lá também, mas eu não estava a fim de segurar vela, eu não, não fui, tá bom?? Sair daqui, do meu trabalho, pra fazer esse programa de índio??? ehehehehehe!!
Adorei!! Rute já tinha me contado um pouquinho!! eheheh!! Saudade de vcs!! Vem pra cá algum dia!! Ficar com eu!!
Ah!! Adorei o fundo do seu blog!! Muito legal!! Tô sem ânimo de escrever no meu por esses tempos!!
Um beijim grande!! Deus abençõe essa cabecinha de imaginação fértil!! eheheh!! E para de assistir Lost na minha frente!! Catitua!!
Bye!!

13 de novembro de 2006 às 16:48  

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