quinta-feira, 8 de maio de 2008

Somos Um


Foi no último feriado de outono que encontrei e me debrucei sobre o livro Somos Um, de Jorge Camargo.
Nele, no livro, o Jorge re-conta breves histórias de sua própria vida e de apaixonantes personagens históricos como Irineu, Agostinho, Pseudo-Dionísio, Anselmo, Francisco de Assis, Teresa de Ávila, João da Cruz, Thomas Merton, nos quais Jorge se inspirou para compor músicas que, felizmente, acompanham a excelente obra literária que tenho em mãos. Que bom! (Obrigada, Joe!).

Em todos os textos o autor sinaliza pontos de intersecção, de ligação epistemológica entre ele mesmo e aqueles pensadores. Curiosamente eu também me vi, minúscula e ao mesmo tempo, participante entre eles. A identificação com o outro faz você se sentir parte integrante e foi exatamente isso que vivenciei.

Sentei-me no chão da sala da casa onde estou morando atualmente e, numa das muitas pausas para meditação, observei, não pela primeira vez, mas com maior profundidade, que estou defronte ao Cine Auditórium. Qualquer jequieense tem orgulho desse lugar por onde já passou tanta gente dessa nossa terrinha, que já foi cinema (que saudade dos matinés!) e já foi também até teatro.

Em anexo ao Cine Auditórium está o Centro Educacional Ministro Spínola que tanto contribuiu para o crescimento intelectual de nosso canto.

Do mesmo ponto onde estou, aqui no chão, logo ali, está o santuário da Imaculada Conceição. Tanto no “Ginásio” quanto no ‘Cine’ há inscrições romanas que não consigo discernir. Só sei que não foram escritas por acaso e vou procurar saber para postar por aqui os dois textos.

Meus colegas adolescentes do antigo Segundo Grau nos falavam que há uma ligação subterrânea entre a igreja e a casa do Padre. Não sei se isso é verdade, mas que haviam porões em nossas salas cheios de outras salas subterrâneas, existiam, sim. Os meninos afirmavam categoricamente que aquilo servia para proteção dos religiosos numa suposta guerra na cidade. Mas vem cá: não tivemos nenhuma guerra ou guerrilha por aqui, não, não é?

De qualquer jeito e voltando à ligação com o texto do Jorge, fiquei feliz por ter-me percebido num contexto, numa atmosfera de conhecimentos, curiosidades, riquezas culturais. Não me faltam poesias para viver.

A primeira música do Jorge, neste novo álbum, assinala que “Conhecer me ajuda a ser melhor.”

De fato, esta música é só o começo. Todas as faixas falam de amor, da imensurável riqueza de amar e de se espiritualizar. Da profunda importância de buscar a Deus, de dar um passo além de si mesmo, de se ampliar interiormente.

Amei!

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1 Comentários:

Blogger Pavarini disse...

Parabéns pelo blog, Ieda!

Aproveitei a visita p/ incluir na minha lista de links. =]

Big abraço

PS.: O livro-CD do Jorge é o máximo. Não me canso de ouvir no carro todos os dias.

20 de maio de 2008 às 09:08  

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