quarta-feira, 4 de abril de 2007

Crise do cacau e consequências...



Hoje estive conversando com uma pessoa muito especial lá no trabalho.

Vou poupar-lhe o nome já que não tenho sua permissão para torná-lo público.

Ficamos quase uma hora conversando sobre a vida, sobre os sustos que ela nos dá. Sobre a efemeridade dos acontecimentos, da própria vida e das incertezas que a permeia.

Basta passar os olhos rapidamente à nossa volta para se encontrar pasmado com a rapidez das mudanças.

Citamos alguns amigos que até ontem eram muito ricos e gozavam de plena saúde e beleza e agora estão pobres, doentes e/ou feios.

O fato é que mesmo sabendo que tudo o que o homem planta ele colhe, há certa irregularidade no curso da existência que tanto fascina quanto assusta.

Falamos sobre a arrogância e o poderio dos coronéis, dos tão ricos produtores de cacau que, há vinte anos – somente vinte anos! – se viram empobrecer.

Meu amigo tocou no fato de não perceber qualquer reação positiva frente à esta tão grande por meio desses fazendeiros muito menos pela nova geração, seus filhos.

Embora a CEPLAC se esforce para providenciar clonar mudas de cacau ou usar outros tipos de técnicas para dar-lhes mais resistência à praga designada “vassoura de bruxa” e, assim, modificar a situação desfavorável àqueles produtores, não há muito perspectiva de melhora à curto prazo, já que há outros pontos de produção no mundo que superam extraordinariamente nossa produção que já foi a segunda maior do mundo.

Simplificando: os antigos fazendeiros hoje são pessoas comuns, como nós, pobres mortais.

Houve muito desmando na época áurea desse fruto.


Aqueles homens ricos e famosos por sua produção de cacau chegavam a vir à Jequié, que era e ainda é a maior cidade dessa microrregião, comprar pão. Claro que eles vinham esnobar, gastar dinheiro em farras, mulheres e bebidas, mas o argumento dado às suas respectivas famílias era algo que indicava: “posso”.


É, amigos... O mundo anda, a Terra gira e não podemos garantir nada para os próximos minutos.

Enquanto isso a única alternativa que nos resta é viver.

Mas importa ter muito respeito ao meio ambiente, às pessoas e essencialmente cumprir reverência à vida.

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