terça-feira, 15 de maio de 2007

Saudade do que passou.


Confesso: sou saudosista.

Cada vez mais me compreendo assim e assumo essa marca de minha personalidade.

Tenho saudades de minha infância, adolescência.

Dos meus amigos. Dos primeiros amigos.

De Alda, filha de Mide, que brincava de Gata Pintada comigo e ríamos tanto porque, para mim, ela estava muito vermelha depois que eu lhe puxava muito as orelhas.

A música era mais ou menos assim:

"Gata pintada, quem te pintou?
Foi uma menina que por aqui passou
Tempo de areia
Levanta a poeira
Pega essa lagarta
E puxa as orelhas!"

Ela ficava vermelha de sorrir de mim que, segundo ela mesma, estava como um pimentão. Rs.

Ai, que saudade do pé de coco bem alto que tinha no fundo de nossa casa, Alda!

A gente ficava ouvindo o som do vento nas palhas do coqueiro. Ele ia uivando, como um lobo. Aquilo era amedrontador e maravilhoso ao mesmo tempo.

E quem não se lembra das vinhetas da Rádio Baiana de Jequié?

Hoje de manhã me peguei rindo de um texto que jamais me esqueci:

““Ô, moço! Me dê aí uma limonada!”
Pedindo dessa maneira você não comprará o remédio certo!
Quando for comprar diga assim: “Eu quero um vidro de Limonada Bezerra!”
É isso aí! Com a saúde não se brinca!”

Bons tempos aqueles.


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1 Comentários:

Anonymous Fabinho Hage disse...

As crianças de meu tempo também brincavam com essa cantiga! (Foi, aliás, jogando a letra dela no Google que cheguei a seu blog.) Só que, no meu caso, era em Itabuna...

3 de novembro de 2009 às 17:32  

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